Escola Internacional de Joinville trabalhou o protagonismo,
a criatividade e a gentileza com os alunos
Formar um leitor (nos dias de hoje) não é uma tarefa muito fácil com o bombardeio de informações que se recebe, o tempo todo, de todos os lugares. Mas formar um leitor também não é impossível. Com criatividade e atividades diferenciadas fica mais atrativo fazer com que crianças e jovens aprendam a desenvolver o gosto pela leitura e pela escrita. Um bom exemplo é o que faz a Escola Internacional de Joinville.
Temas ligados ao cotidiano, valores e outros assuntos são trabalhados ao longo do ano e desta vez o resultado surpreendeu: pela primeira vez os livros de fábulas do 6º ano – Fabulando por aí – e de contos do 8º ano – Era uma vez… – foram publicados por uma editora, a Giostri, de São Paulo.
“Ser um comunicador de excelência. Esse é um dos conceitos que trabalhamos com eles na hora de desenvolver essas atividades e o resultado ficou maravilhoso. Eles gostaram de se ver em um livro. Sempre destacamos que o conhecimento é mais sofisticado quando sabemos falar e escrever sobre determinado tema”, comenta a diretora da Escola Internacional de Joinville, Elza Cristina Giostri.
Segundo a professora Vanessa Heloisa de Melo, um dos ensinamentos ao produzir um texto é a valorização dos talentos por meio da afabilidade e compreensão. “A fábula é uma mensagem por meio de metáforas. Ao construir uma fábula os estudantes escolhem animais que representam vícios e virtudes. A partir disso, há uma ligação com a vida real e o sentimento deles. Na parte de contos, os escritores desenvolvem a interpretação e um olhar mais crítico perante as coisas.”
Para instigar e despertar ainda mais a importância da literatura, Alex Giostri, cineasta, roteirista e editor da Giostri Editora esteve na escola para bater um papo com pais e alunos. Além de falar sobre o processo literário, Alex apresentou o projeto oficina literária – A Formação do EU, que é realizado nas dependências da Penitenciária Industrial de Joinville – SC, onde coordena toda a ação, que privilegia apenados e constrói uma nova maneira de pensar e conviver com a vida em cárcere.
“O mais importante desse trabalho desenvolvido na escola está associado ao protagonismo das crianças e jovens. Colocá-las para escrever promove outra reflexão, pois elas estão escrevendo as suas próprias histórias. Desta forma, acredito que estamos aproximando muito mais os jovens dos livros”, completa Giostri.
O que dizem os alunos
“Achei muito legal escrever. Ver o texto no livro mostra que o esforço valeu à pena. Com a fábula aprendi que todo ato que você faz gera uma consequência. Foi muito bom. O título do livro foi ideia minha.”
Lara Elotério de Mello, 12 anos, do 6º ano
“É legal ter um texto meu no livro. Escrevi sobre regras. Se você quebrá-las pode ser dar mal!”
Gustavo Palhares, 11 anos, do 6º ano
“Foi um processo bem legal. Gosto muito de escrever e quando vi o livro me surpreendi, pois não imaginava que ia ficar assim. O resultado ficou bem bacana.”
João Gustavo Hack, 14 anos, do 8º ano
“Não sou fã de escrever, mas gosto de ler. Fiquei feliz com o resultado e me empolguei para escrever mais depois que vi o livro.”
Mariana da Silva Gonçalves, 13 anos, do 8º ano
O que os alunos fazem ano a ano*
6º ano – produzem livro de fábulas: questões sobre moralidade, sobre como falar as coisas de forma educada são debatidas em sala de aula.
7º ano – produzem uma revista: notícias curtas, imagens são mais atrativas para alunos desta fase.
8º ano – produzem livro de contos: aguçam o senso crítico e a interpretação.
9º ano – produzem antologia de poemas: estimula o uso de uma linguagem mais sofisticada.
*Em todos anos, eles leem livros ligados ao tema, pesquisam, acompanham aulas expositivas, escrevem e reescrevem até que os textos fiquem corretos, seja no conteúdo ou na escrita.
Como comprar
O livro pode ser adquirido na Escola Internacional de Joinville, rua Henrique Dias, portaria 3.
Valor: R$ 30,00