Segundo levantamento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o volume de venda de veículos novos no Brasil aumentou 12% no primeiro trimestre de 2018. O mercado, que voltou a ficar aquecido após a recessão, tem permitido expansões também para os setores coirmãos, como o comércio de pneus. Empresas têm buscado inovar para fidelizar consumidores e garantir a ampliação das vendas.
Um exemplo é a integração entre comércio eletrônico e loja física de venda de pneus. A Boss Pneus, de Joinville (SC), aposta na estratégia para aumentar a movimentação da empresa em 2018. A expectativa é vender 1,4 mil pneus apenas no primeiro mês e atingir a meta de comercializar 2 mil unidades por mês até o fim de 2018. “Estamos investindo em um modelo novo para atingir uma fatia do mercado que ainda não tínhamos contemplado”, explica Joubert Kienolt, gerente da divisão e-commerce. Por isso, a Boss Pneus inaugura em breve a loja física, um espaço na cidade-sede, onde os clientes on-line ganharão uma base para que possam tirar dúvidas, fazer manutenção, entre outros serviços. A meta da empresa é ainda mais ousada. Joubert Kienolt afirma que é possível abrir 10 lojas em Santa Catarina dentro de três anos. “O consumo em Joinville médio é de 25 mil pneus mês. Nossa intenção é chegarmos a 10% desse mercado e quem sabe até atingirmos 6% do mercado catarinense”, acrescenta.
Para Narcelio Aguiar, CEO no segmento, a possibilidade de ampliar vertentes durante a caminhada da pós-recessão é fruto do empenho dedicado pelas empresas durante a crise econômica. Ele relembra que a venda de pneus chegou a cair 0,7% no último ano mesmo com aumento na produção de 2,6%. “É comum que no período de baixa nas vendas os empreendedores abusem da criatividade para driblar as adversidades. Agora eles estão colhendo frutos positivos pelo que plantaram naquela época”, acrescenta.