Ale Monteiro revela perrengues que viveu como diretor artístico

Ale Monteiro revela perrengues que viveu como diretor artístico: “Quando se lida com pessoas, principalmente artistas, é sempre uma caixinha de surpresas”
Entre os episódios, ele relembra apresentadora famosa que não usava desodorante e atrapalhou o estúdio de fotografia com forte odor


No mercado artístico há vários anos, o diretor Ale Monteiro já fez trabalhos com diversas celebridades. Mas se engana quem pensa que a vida de trabalhar com famosos é só glamour e curtição: Ale já passou por vários perrengues ao lidar com estrelismos, falta de noção e até mesmo de higiene, dentro do estúdio fotográfico.

“Quando se lida com pessoas, principalmente artistas, é sempre uma caixinha de surpresas”, ele conta, recordando-se de algumas histórias inusitadas.

“Já aconteceu de tudo. Teve maquiador que brigou com a artista e mandou ela se maquiar sozinha. Já expulsei um talento do ensaio por maltratar o maquiador e em seguida o stylist. Quando a queixa chegou até mim, eu o convidei a se retirar. Todo mundo está trabalhando para fazer algo lindo acontecer, e, se a pessoa contaminar a energia de todos, acho melhor dispensar. Sou contratado para fazer arte e não aturar pessoas mal resolvidas”, afirma.

Contudo, a história mais delicada de todas, de acordo com o diretor, envolveu uma atriz e apresentadora famosa, que ele prefere não citar o nome. “Fiz uma capa com ela, que é toda vibes natural, e totalmente contra uso de desodorante. Lembro como se fosse hoje. Era quase impossível aguentar o odor no ambiente”, revela.

Até começar a atuar como diretor artístico, Ale Monteiro deu seus primeiros passos no ramo da moda, onde foi fotógrafo.

“Foi muito natural ir amadurecendo e redirecionando, inclinando e afinando o conceito artístico que sempre esteve em mim e hoje leva minha assinatura. Atualmente, tenho uma equipe que entende a linguagem de moda e atualidade que trabalho e acredito”, descreve.

Sua vontade de fazer a diferença enquanto diretor é motivada em fugir de clichês e padrões. “Desejo suprir com olhar atual o mercado que tem pessoas já pré-históricas fazendo a mesma coisa sempre. No meu processo criativo de dirigir um ensaio, gosto de criar uma atmosfera de acordo com cada talento, então procuro deixar o artista, modelo ou músico do dia, muito confortável. A melhor entrega ocorre quando a pessoa está relaxada e se sentindo bem, bonita e confiante”, explica.

Na hora de colocar a mão na massa, ele aposta no feeling e não se sente tão preso a planejamentos rígidos – o que não quer dizer que ele não seja um profissional exigente.

“Já trabalhei em muitos cenários que exigem o plano rígido, mas isso é tão demodê. Deixa tudo mais tenso e engessado. Estamos em um momento que requer mais liberdade e expressão. Eu tenho fama de ser insuportável no trabalho. Mas para a gente, que convive com isso diariamente, é quase que uma rotina. Portanto, levo muito a sério. Criação exige muita concentração e dedicação”, acrescenta.

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